Ayrton Senna para mim é indiscutivelmente o melhor piloto de Fórmula 1 que alguma vez existiu e provavelmente existirá. Ele dava ao desporto aquilo que nunca mais ninguém foi capaz de dar. Ele fazia todos, em Portugal e no Brasil, parar aos domingos para ver as corridas de F1. E que grandes corridas que ele fazia! O que ele fazia em pista, não tem outra palavra para descrever senão magia.
Foi há 20 anos atrás que o mundo gelou quando assistiu ao vivo Ayrton Senna a bater violentamente na rapidíssima curva de Tamburello, no grande prémio de San Marino. A partir desse dia o desporto mudou radicalmente, não só pela falta do piloto brasileiro, mas também pelas inúmeras medidas de segurança que foram adoptadas daí em diante. Para além de Ayrton Senna, nesse ano o circuito de San Marino tinha ceifado também a vida de Roland Ratzenberger, morte essa, que deixou Senna bastante afectado.
Mas todos devem recordar Ayrton Senna como o piloto bem disposto fora da pista, bastante introspectivo antes das corridas e uma verdadeira máquina dentro da pista. Ninguém parava este brasileiro. Em 1984 Ayrton Senna estreou-se na F1 na equipa Toleman, que na altura não era competitivo para os lugares no pódio, mas Ayrton Senna conseguiu dar show neste monologar e até conseguiu bastantes lugares no pódio, em várias corridas. Foi aqui que as equipas começaram a ver que se este rapaz tivesse carro, nunca mais ninguém o ia conseguir apanhar.
No ano seguinte ele mudou-se para a Lotus, onde conseguiu 6 vitórias entre 1985 e 1987. (Podem ver dois vídeos com comentários do próprio sobre as duas primeiras vitórias na F1 aqui.) Depois em 1988 Ayrton Senna mudou-se para a McLaren, e foi aí que começou uma das histórias de rivalidade mais incríveis da Fórmula 1. A Batalha entre Alain Prost e Ayrton Senna. Ele depois foi campeão no ano de 1988, 1990 e 1991 e continuou na equipa até 1994, ano em que entrou para a Williams.
Se ainda fosse vivo, Ayrton Senna teria 54 anos de idade. Teria sido incrível ver a carreira deste grande piloto a desenvolver-se na F1. Quantas mais corridas ele iria conseguir ganhar? Quantos mais campeonatos do mundo? E quantas mais manobras mirabolantes ele ia conseguir fazer? Teria sido algo de incrível, continuar a ver Ayrton Senna em pista, infelizmente partiu demasiado cedo.
Só me resta mesmo dizer: Ayrton Senna, nunca me vou esquecer de ti!
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