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Test Drive | Mini One e Mini Cooper D 2014


Mini sempre foi um carro para aqueles fashion victims que querem sempre ter os últimos gadgets da moda, com opções de personalização quase infinitas e claro, com um certo requinte. No entanto,  a mim, passou-me sempre ao lado este modelo, pois não ia à bola com o design retro e revivalista da marca. Agora na terceira geração a Mini decidiu dar um passo mais atrevido em direcção ao futuro. Sim, continua a ser um Mini, mas agora menos retro e com packs tecnológicos e motores de última geração que fazem com que este seja um carro muito difícil de resistir.

O primeiro carro que experimentei foi um Mini Cooper D. Infelizmente, já se sabe, aqui em Portugal o que se vende mais são os carros a Diesel e por isso a maioria dos carros para testar são a gasóleo. A primeira coisa que notei quando entrei neste carro é que existe mais espaço, a segunda é que o horrível conta rotações no centro da consola com ar de balança de merceeiro desapareceu para dar lugar a um Led Ring que tem uma série de funções bastante úteis, já para não falar que dá logo um outro ar ao Mini. No centro do tablier também existe um ecrã de proporções generosas (extra no valor de 500€) que acede a várias opções, desde o nível de potência, música, telemóvel e até notificações do Facebook e Tweeter. 

Este Mini Cooper D estava também equipado com bancos desportivos que nos fazem ficar  completamente encaixados. O pára brisas é mais pequeno que a maioria dos carros, o que pode ser uma desvantagem, mas por outro lado obriga o condutor a estar mais focado na estrada. Também é possível ver o nariz do carro, o que é bastante útil para manobras de estacionamento se não optarem pelo pack parking assistance que custa 790€ e é composto por sensores de estacionamento PDC dianteiros e traseiro e com função de estacionar sozinho. Não existe qualquer ranhura para a chave, já que tem sistema keyless de origem e ligar este carro é o mesmo que colocar um avião da segunda guerra a trabalhar, com um switch vermelho bem grande no centro.

Levando o carro para a estrada nota-se bem que o motor TwinPower Turbo (duas turbinas e um compressor) faz com que tenha uma melhor resposta em todos os regimes, um acelerar mais linear e uma melhor performance na corrida dos 0-100 e na velocidade máxima. A condução deste Mini é realmente algo de excepcional. Apesar do maior tamanho, o carro está mais ágil, com uma direcção mais directa e uma maior disponibilidade do motor para nos levar mais rápido sempre que o desejamos. Para ajudar existe o Mini Driving Modes que é composto pelo Neutro, Sport e Green. No Sport toda a potência do motor é colocada à nossa disposição e todos os comandos do carro são mais sensíveis. A direcção fica mais dura e se tiverem colocado o extra DDC (Dynamic Damper Control) a suspensão fica mais firme e mais desportiva. Por outro lado, se colocarem o carro em modo Green, tudo fica mais soft e o foco é poupar combustível. O computador de bordo neste modo, vai sempre avisando e recompensando a nossa condução ecológica com os litros de gasóleo que estamos a poupar. 

Depois do test-drive os senhores da Bomcar perguntaram se tinha ficado satisfeito ao que respondi: Um carro deste calibre tem de ser a gasolina! Dito e feito, marcaram-me para o dia seguinte um test-drive com o Mini One 1.2, 3 cilindros, TwinPower de 102 cv que estava com muita curiosidade em experimentar. 

Despido de extras, esta versão que começa nos 18.900€ é o Mini mais barato que podem comprar neste momento. Digo-vos que o carro sem extras, fica um pouco pãozinho sem sal, embora possua aquilo que seja essencial, mas é realmente uma pena comprar um carro destes e não adicionar alguns Packs de Extras que vão com certeza dar outra vida ao Mini, embora também o encareçam bastante, atirando-o para o patamar dos 23.000€. 

O Mini One sempre foi aquele Mini que as pessoas compravam porque só queriam estar na moda e ter um carro para ir do ponto A para o B o mais barato possível, porque de resto era um carro mega desinteressante em termos de dinâmica e prazer de condução. Mas este motor 1.2 de 3 cilindros TwinPower é realmente um motor excepcional. A começar pelo som, que tem um tom grave bastante agradável ao ouvido. Não tem nada a ver com o som do motor do One antigo. Depois a disponibilidade do motor nos vários regimes. Este motor tem força e é rápido. 0-100km/h em menos de 10 segundos e a velocidade máxima fixa-se nos 195Km/h. A condução deste carro é fenomenal, com caixa bem escalonada e com uma aceleração bastante despachada é um carro que vai com certeza fazer as delícias daqueles que gostam realmente de conduzir.  

Foi realmente surpreendente este motor e digo-vos que me deu muito mais gozo do que o Cooper D com 116 cv e se fizermos bem as contas, com o preço do Cooper D sem extras, podem comprar um Mini One a gasolina já com um bom pacote de equipamento e ainda são capazes de ficar com algum dinheiro no bolso. 

Ficou só mesmo a faltar experimentar o Mini Cooper a gasolina com 136 cv e motor 1.5 de 3 cilindros TwinPower. Foi uma pena não poder ter experimentar este automóvel, que segundo o vendedor, é o Mini perfeito para quem gosta de emoções fortes, mas que não quer cair nos exageros do infernal Cooper S. Mas de resto, se procuram um carro a gasolina com luxo, com tecnologia de ponta, baixos consumos e com um enorme prazer de condução, o Mini One é sem dúvida suficiente para qualquer fã de automóveis desportivos com feeling Go Kart.

P.S: Peço desculpa pela falta de imagens, mas tinha o telemóvel sem bateria. :(

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