Ontem estive na feira internacional Motorclássico 2015 em Lisboa e foi uma tarde muito bem passada. Aqui fica uma pequena lista rápida de coisas que gostei de ver na feira e de coisas que não gostei de ver. Espero que gostem e se estiveram presentes que partilhem também as vossas opiniões.
Gostei
1. Variedade de clássicos
A feira tinha um pouco de tudo para todos os gostos. Carros britânicos, Italianos, Americanos, Japoneses... Sinceramente penso que não ficou nada de fora. Até existia um gigantesco limpa neves verdadeiramente ancião.
2. Smart TT
Mesmo ao fundo do pavilhão, estava a área dos TT e num dos stands estava o Smart mais doido que eu alguma vez vi. Eu pessoalmente não gosto de Smarts, mas este aqui, sim senhor, está espectacular e deve ser uma loucura de conduzir. O motor veio de uma Suzuki Hayabusa com 1.3 litros e 197 cv às 9500 r.p.m. a caixa é sequencial de 6 velocidades e o carro até tem ar condicionado. Um brinquedo bastante louco que só os mais afortunados é que podem alcançar.
3. Lotus Elise
É o meu carro favorito no Motorclássico. Sempre gostei da Lotus e sempre gostei do design destes Elise. O facto de ser um carro com leve e com um motor modesto, faz com que seja um desportivo moderadamente económico e com que tenha doses de diversão bem acima do recomendável. Pena o preço de 29.000€. Este carro no reino unido não custaria mais de 15.000€.
4. Miniaturas
Muitas de todos os tamanhos, de todas as disciplinas e para todas as carteiras. Até os modelos mais recentes já estavam disponíveis para venda como uma réplica à escala 1:18 do Ferrari La Ferrari. Muito bom!
5. Como construir um carro desportivo low-cost em casa
Nestas feiras costumam sempre existir stands que vendem livros relacionados com a história dos automóveis e com a mecânica deles e um dos livros que estava em destaque era da Haynes e falava sobre como construir um carro desportivo em casa, sem gastar muito dinheiro. O livro ensina passo a passo como construir uma réplica de um Lotus Super 7. Já é sabido que existem muitas marcas que vendem este carro em Kits para a malta montar em casa, como a Westfield, ou que os vendem já montados, como a Westfield e a Caterham, mas nunca tinha visto um livro a explicar como fazer um réplica em casa usando materiais e ferramentas, na maioria, bastante banais. Aliás, isto é tão interessante e porreiro que em breve irei fazer um post dedicado a este assunto, por isso não percam.
Não gostei
1. Feira pequena
A feira de um só pavilhão e tendo em conta que existiam alguns stands que não tinham nada a ver com clássicos fez-me ver tudo em menos de 30 minutos.
2. Preço
9 euros por bilhete? Para ver um pavilhãozeco? Estão a gozar? É um preço extremamente elevado comparado com os outros anos que tinham bilhete de 5 euros no máximo. O que é que fez o preço disparar face aos anos anteriores?
3. Stands que não tinham nada a ver com automóveis
Querem uma esfregona que limpa melhor que todas as outras? Ou uma cera muito boa para engraxar as botas? Que tal um queijo da serra? Bom estes stands estavam lá a encher o que já de si era um pavilhão pequeno. Se estivéssemos a falar de uma feira com 2 ou 3 pavilhões cheios de stands relacionados com automóveis não ficava chocado, mas só um pavilhão? Foi um pouco desapontante.
4. Pouca animação
Com um bilhete a 9 euros, seria de esperar algo de especial este ano? Animação? Algumas miúdas com vestes reduzidas a embelezar os stands? Oferta de brindes? Música ao vivo? Alguma palestra ou algo do género? NADA! Era só mesmo ver os carros e sair.
5. Está a voltar a ser uma feira só para elites
No final foi a ideia que fiquei desta feira. Parece que foi feita para uma elite muito específica de pessoas e não uma feira para o público em geral. A subida desproporcionada dos bilhetes e a falta de animação para aqueles que só vão ver os clássicos faz-me pensar a organização não queria lá o tipo entusiasta que só quer tirar umas fotos dos seus clássicos favoritos. É pena, que a feira tome esse caminho. Da experiência que tive este ano, não sei se vou aparecer em 2016.
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